quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão

Este dia foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1982, não para ser um dia comemorativo mas para ser um dia de reflexão.
As agressões não são sempre físicas ou visíveis. Há crianças que são maltratadas apenas por palavras, há outras que levam enormes tareias e outras que são abusadas sexualmente pelos próprios pais.

“A vida familiar é a nossa primeira escola de aprendizagem emocional”.
Goleman, 1995

A família devia ser aquelas pessoas que nos protegem de tudo, ou quando não podem proteger que pelo menos estejam lá para nos dar a mão e ajudar-nos a levantar.
Se uma criança é maltratada pelos próprios protectores, onde é que ela vai buscar segurança?
Uma criança que não se sente segura, que não tem apoio e vive constantemente com medo não consegue crescer em harmonia, e sozinha não vai conseguir tornar-se numa pessoa equilibrada.

As crianças que são vítimas ficam com traumas e precisam de ajuda de profissionais para ultrapassarem, mas mesmo com essa ajuda nunca conseguirão ter uma vida normal porque o passado não se esquece. Haverá sempre medo do que possa acontecer, de que o passado volte ou que lhes volte a acontecer o mesmo. Mesmo que seja impossível a violência por parte dos pais, o medo de que isso aconteça por parte do/a companheiro/a mantém-se.

Há pequenos sinais que podem ser detectados nas crianças.
Certas crianças são tímidas, mas quando uma criança já teve tempo suficiente para confiar noutra e mesmo assim não consegue confiar nem brincar à vontade é porque não é só timidez.
As crianças caiem e aleijam-se, mas quando as crianças aparecem com marcas no corpo constantemente e a criança não diz ou atrapalha-se a contar o que aconteceu é porque não é só quedas.

É só vermos bem o que se passa à nossa volta e pensarmos se será tudo normal no que vemos. E se algo não está bem, não custa falarmos deste tema com os próprios pais. Não podemos esperar que os pais assumam, isso nunca vai acontecer. Temos de falar de forma a dar a conhecer o tema ou apenas abordá-lo como outro assunto qualquer. 
Se os pais não mudarem de atitude, então temos de dar o conhecimento do caso às autoridades para estas estarem atentas e verem realmente o que se passa naquele seio familiar.

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